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DESLIZES

Homem de seu tempo

      Ao meu avó, um homem de seu tempo. Colei um desenho que fiz outro dia pensando nas paisagens que via quando ia visitar meu vô, pai do meu pai. Homem elegante que vivia na roça e se  vestia com  calça de alfaiataria, camiseta branca por baixo da camisa e relógio de bolso. Eu adorava perguntar as horas só para vê-lo tirando o relógio do bolso! Lembranças boas   que trazem saudades da infância e dos sonhos que eu inventava.   Saudade, palavra que carrega em si   uma infinidade de situações, veja só...   tem saudade que movimenta, e tem saudade que paralisa. Tem saudade que se apaga mas tem as que fazem brilhar, tem outras que   fazem sorrir e chorar, tem saudade    que mata ou morre. Tem uma saudade que é diferente é só saudade mesmo, de verdade. Continuo sentindo saudades... mas é diferente. Prefiro a presença, no entanto, é bonito ver e sentir os afetos que se mantém na distância, especialmente na ausência que se faz presen

Mãos

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  “Mãos    partes e partem   tocam,    talham,   lutam.   Mãos partem partes seguram, acariciam, buscam empurram.   Mãos    aperte e apertem  brincam   costuram.   Mãos que apetecem tecem firmes pintadas delicadas frágeis enrugadas.   Mãos, desenham, escrevem histórias”  

Ruído Silencioso

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  “Silêncio. Silenciar. Silencioso. Ruído. Ruidar. Ruidoso. Quantas línguas já falei e quantas silenciei.  Quantos ruídos já escutei e com silêncio curei. "   Amor.  Amores ruidosos. Amor.  Amores silenciosos. É de cor de rosa e carvão.  Na luz e na sombra se faz amor.  ____________________________________________________ No gosto da língua que lambe e cura se faz silêncio ruidoso.  Amor.